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Padrões Gráficos ou Formações Gráficas

Existem dezenas de milhares de participantes do mercado que compram e vendem activos financeiros por diversas razões: expectativa de ganho, medo de incorrer em perdas, motivos fiscais, cobertura de risco, "stop-loss", "price-targets", análise fundamental, análise técnica, recomendações de casas de corretagem e financeiras...
Tentar perceber as razões porque os participantes compram e vendem ativos pode ser um
processo assustador. As chamadas formações ("chart patterns") colocam a compra e a venda em perspectiva ao consolidarem as forças da procura e da oferta num quadro conciso.
Ainda mais importante é a ajuda que, em conjunto com a análise técnica, as formações dão na identificação do vencedor da batalha entre os "bulls" e os "bears".

A análise de formações pode ser usada para a realização de previsões de curto e de longo prazo, podendo a informação ser "intraday", diária, semanal e mensal, sendo que os padrões podem tomar lugar apenas um dia, ou até vários anos.
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Muito do conhecimento da identificação e análise de formações data de 1932, quando Richard Schabacker escreveu "Technical Analysis and Stock Market Profits", o livro que serviu de base para a análise moderna de formações.
Em "Technical Analysis of Stock Trends", Edwards e Magee consideram que a maior parte dos conceitos do seu livro se baseia nos do já citado.
A análise de padrões pode parecer acessível, mas não é, de todo, uma tarefa simples. Schabacker afirma:
"A ciência da leitura de gráficos não é, no entanto, tão fácil como a mera memorização de certas formações e recordar o que normalmente se prevê quando estas acontecem. Qualquer gráfico de acções é uma combinação de inúmeras formações e a sua análise cuidada depende de estudo constante, experiência e conhecimentos de indicadores tanto técnicos como fundamentais e, acima de tudo, habilidade para pesar indicadores que dão sinais contrários, de forma a ter uma perspectiva global dos seus pormenores assim como no reconhecimento de qualquer fórmula."

Apesar de Schabacker se referir à "ciência da leitura de gráficos", a análise técnica é mais
arte do que ciência.
Adicionalmente, o reconhecimento de formações pode ser aberto a interpretações subjectivas e que podem estar sujeitas a diferentes pontos de vista.
Para evitar conclusões erróneas deve-se confirmar o "output" da formação
identificada com outros indicadores técnicos, de forma que chegar a uma conclusão coerente.
Nunca existem duas formações exactamente idênticas, apesar da sua natureza poder ser similar. "Breakouts" falsos, leituras enviesadas e excepções à regra fazem parte da educação.

Estudo constante e cuidadoso é o necessário para que uma análise de um gráfico seja bem sucedida.
Na tabela acima, o activo quebrou a resistência de uma inversão "head and shoulders" (cabeça e ombros). Apesar de a tendência ser agora "bearish", a análise deve continuar a confirmar essa tendência.
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Alguns Analistas Técnicos podem ter classificado o gráfico acima como uma formação "head and shoulders" com a "neckline" (linha de pescoço por volta de 17.50. Se esta análise é robusta permanece aberto a debate . Apesar de o activo ter quebrado esse suporte, os "pull backs" foram constantes. Esta "recusa" poderia ter sido interpretada como um sinal de força e justificado uma reavaliação da formação presente.

As duas premissas básicas da análise técnica são:

  1. - os preços seguem tendências;
  2. - a história repete-se.
Uma tendência de alta indica que a procura controla, e uma tendência de baixa é sinônimo de que as forças da oferta prevalecem.
No entanto, os preços não seguem a mesma tendência indefinidamente e quando o outro "prato da balança do poder começa a pesar mais" assiste-se à existência de formações.
Certas formações como canais paralelos denotam a presença de uma forte tendência. Con
tudo, a grande maioria das formações cai em dois grandes grupos:
  • as de inversão e as de continuação.
- As formações de inversão indicam uma mudança na tendência e podem ser subdivididas em dois tipos: de topo e de fundo.
- As formações de continuação indicam uma pausa na tendência e que a direção anterior vai ser retomada passado um período de tempo.
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Só porque uma formação se forma após um movimento de alta ou baixa significativo, não é, por si só, sinónimo de inversão.
Muitas formações, tais como rectângulos, podem ser classificados como formações de inversão ou de continuação. Dependo muito da acção prévia do preço, do volume e de outros indicadores à medida que a formação evolui.
É na identificação destas diferenças que a ciência da análise técnica se transforma em arte.


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